Fraturas da coluna vertebral são comuns em dois tipos distintos de população: nos adultos jovens, que são fraturas decorrentes de traumas. Dr William Zarza

Fraturas da Coluna Vertebral

As fraturas da coluna são comuns em dois tipos distintos de população: nos adultos jovens, que são fraturas decorrentes de traumas de alta energia e nos idosos, decorrentes de uma fraqueza óssea, secundária a osteoporose. Essa, será tratada em outra sessão – fraturas por osteoporose.

As fraturas decorrentes de traumas de alta energia podem acometer a coluna como um todo, cervical, torácica e lombar, e podem variar muito quanto a gravidade, desde fraturas benignas, simples que são tratadas com imobilização e repouso, até fraturas graves associada a luxação (desalinhamento da coluna) que podem culminar com lesões neurológicas irreversíveis.

Fraturas cervicais

A coluna cervical é formada por 7 vértebras cervicais que são nomeadas de acordo com a sua posição – C1, C2, C3 e assim por diante. As vértebras C1 e C2 possuem nomenclatura específica e são chamadas de Atlas e Áxis, respectivamente. As fraturas dessas vértebras, denominamos fraturas cervicais alta, enquanto as fraturas de C3-C7 denominamos de fraturas cervicais baixas.

As fraturas cervicais altas, normalmente não estão associadas a lesões neurológicas e a depender da estabilidade da lesão e das estruturas acometidas, são passíveis de tratamento conservador com imobilização (colar cervical de Filadélfia).

Colar cervical de Filadélfia.

Já as fraturas cervicais baixas, apresentam maior potencial de lesão neurológica, principalmente quando associadas a luxação. Nesses casos, a restauração do alinhamento da coluna e a descompressão neurológica é fundamental.

Nos casos em que não há lesão neurológica, porém são mecanicamente instáveis, a estabilização da coluna também é mandatória, sendo necessária a artrodese cervical.

Figura 1

Figura 2

Figura 1 e 2: Fratura-luxação cervical e artrodese cervical

Fraturas torácicas

As fraturas torácicas também são decorrentes de trauma de alta energia, mas o envolvimento neurológico é menos frequente. Pela presença das costelas, a coluna torácica é mais rígida, e devido a isso as fraturas nessa região tendem a ser mecanicamente estáveis. Nesses casos, a imobilização com coletes é o tratamento de escolha. Por outro lado, fraturas que são mecanicamente instáveis ou fraturas-luxações com envolvimento neurológico, necessitam de cirurgia, sendo a artrodese o tratamento de escolha.

Fraturas da transição tóraco-lombar

Essas são as fraturas mais comuns da coluna vertebral. Essa região é a mais acometida por se tratar de uma zona de instabilidade intrínseca e compreende as fraturas de T11, T12, L1 e L2.

Há diversas classificações e escores que auxiliam na tomada de decisão e nos ajudam na definição do tratamento cirúrgico. Em resumo, as lesões que são mecanicamente instáveis, que apresentam lesão ligamentar associada ou que apresentam compressão neurológica devem ser tratadas cirurgicamente.

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FAQ – Perguntas frequentes

O que fazer quando fratura a coluna?

O tratamento varia conforme a complexidade e gravidade da fratura. Pode variar desde uma simples imobilização com colete ou colar cervical até necessitar de cirurgias maiores para estabilização da coluna.

Quais os sintomas de uma fratura na coluna?

O principal sintoma da fratura na coluna é dor no segmento acometido. Dormência ou formigamento nos membros e até mesmo fraqueza podem estar presentes caso haja compressão neurológica secundária à fratura.

Quem fratura a coluna pode andar?

Na maior partes das vezes sim. Sendo uma fratura de tratamento conservador, normalmente libera-se a deambulação com a órtese (colete). Sendo uma fratura de tratamento cirúrgico, normalmente libera-se após a cirurgia de estabilização.

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