Médico Ortopedista Especialista em Coluna
O médico especialista em coluna é o profissional responsável por diagnosticar, cuidar e tratar de condições que afetam a coluna.
Inicialmente, o ortopedista especialista em coluna, para sua formação integral necessita de 11 anos:
- Faculdade de medicina: 6 anos
- Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia: 3 anos
- Especialização em Cirurgia da Coluna: 2 anos
Realizado esse processo, finalmente podemos então prestar a prova de título da SBC – Sociedade Brasileira de Coluna – e atuar como cirurgiões de coluna. Conheça um pouco sobre a minha formação no vídeo abaixo:
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Há diversas condições que acometem a coluna, em todas as faixas etárias. Dessa forma, o ortopedista em coluna, é um médico que trata de pacientes de literalmente todas as idades, de bebês com mal formações e deformidades na coluna, até idosos com fraturas por osteoporose ou problemas de artrose na coluna.
Dividindo por faixa etária, cirurgião de coluna trata dos seguintes problemas:
Condições na coluna que afetam crianças e adolescentes
- Escoliose ou cifose congênita – deformidades na coluna decorrentes de mal-formações vertebrais congênitas.
- Escoliose idiopática – Tipo mais comum de escoliose que acomete crianças, mas principalmente adolescentes.
- Doença de Scheurmman (Dorso-curvo) – Cifose do adolescente, que acomete mais meninos do que meninas.
- Cifose postural – Cifose de causa postural, flexível que acomete adolescentes e adultos.
Problemas na coluna em adultos
- Hérnia de disco – fissura ou rotura do disco intervertebral que pode culminar com o compressão de nervos da coluna.
- Lombociatalgia e cervicobraquialgia – Dor lombar com irradiação para a as pernas e dor cervical com irradiação para os braços. Normalmente, estão relacionadas com raízes nervosas comprimidas na coluna.
- Lombalgia e cervicalgia – Dor lombar e dor cervical. Podem estar associadas a diversos fatores como degeneração do disco, artrose, dor muscular ou postural.
- Doença Discal Degenerativa – Processo de degeneração do disco intervertebral que em alguns pacientes se torna patológico gerando dor.
- Espondilolistese – escorregamento de uma vértebra em relação a outra, gerando um desalinhamento da coluna. Pode estar associado a instabilidade em determinado segmento da coluna.
- Fraturas vertebrais – decorrentes de trauma de alta energia como quedas de altura, acidentes automobilísticos e acidentes esportivos. Por vezes, necessitando de cirurgia da coluna.
Dor na coluna em idosos
- Fraturas por osteoporose – Fratura decorrente da fragilidade óssea do paciente idoso. São decorrentes de trauma de baixa energia ou em alguns casos, sem nenhum trauma aparente.
- Estenose cervical – Compressão da medula ou das raízes cervicais causada pelo desgaste da coluna: espessamento dos ligamentos, degeneração do disco e artrose das articulações.
- Estenose lombar – Compressão das raízes lombares causada pelo desgaste da coluna: espessamento dos ligamentos, degeneração do disco e artrose das articulações.
- Artrose da coluna – Desgaste das articulações da coluna, chamada de articulações facetárias ou interapofisárias. Pode gerar dor lombar ou dor cervical associada.
- Escoliose degenerativa – deformidade decorrente da degeneração da coluna ao longo da vida.
- Espondilolistese degenerativa – escorregamento de uma vértebra em relação a outra, gerando um desalinhamento da coluna. Pode estar associado a instabilidade em determinado segmento da coluna.
Quando devemos procurar um especialista em coluna?
A dor nas costas é um sintoma muito frequente, mas há inúmeras causas de dor nas costas, desde causas mais simples, como uma dor muscular, até dores secundárias a fraturas, degeneração da coluna vertebral ou até mesmo dores secundárias a compressão de nervo.
Algumas características nos fazem ligar o sinal de alerta e indicam que devemos procurar um médico. Essas características chamamos de ‘’red flags”, do inglês, bandeira vermelha. São elas:
- Dor secundária a qualquer tipo de trauma na coluna. Por mais baixa a energia do trauma, principalmente em pacientes mais idosos.
- Dor nas costas com duração maior do que 6 semanas.
- Dor na coluna associado a febre, perda de peso e queda do estado geral.
- Dor nas costas com irradiação para os membros (braços ou pernas), associado ou não a formigamento.
- Dor nas costas associado a perda de força nos braços ou pernas.
- Paciente acima dos 65 anos que sente dores na coluna ou com histórico de osteoporose.
Missão do cirurgião de coluna
O primeiro grande papel do cirurgião de coluna é diagnosticar corretamente seu paciente, tentando correlacionar os sintomas relatados com as alterações de exames. Sabemos que muitas alterações em exames de imagem como a ressonância magnética não geram sintomas.
Em segundo lugar, determinar se aquele problema é passível de tratamento conservador, como a grande maior partes das vezes, ou se é um problema que deverá ser resolvido com cirurgia. Se resolvido com cirurgia, buscar sempre técnicas minimamente invasivas para uma reabilitação precoce. E por fim, acompanhar seus pacientes, sejam aqueles que necessitaram ou não de cirurgia.
Dessa forma, buscamos sempre aliviar os sintomas do pacientes, promover saúde, estimulando a prática de atividade física e controle de peso, com o objetivo final de melhorar a qualidade de vida.
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