Discopatia degenerativa é uma alteração na hidratação do núcleo pulposo (desidratação do disco). Dr William Zarza
O disco intervertebral é uma estrutura cartilaginosa formado basicamente por água e colágeno, que se situa entre os corpos vertebrais e tem a função principal de amortecer cargas, principalmente as forças de compressão. Ele possui duas partes: o núcleo pulposo (parte interna) e o anel fibroso (parte externa).
Anatomia do Disco Intervertebral
A Discopatia degenerativa é uma alteração na hidratação do núcleo pulposo (desidratação do disco), tornando o disco menos elástico e menos resistente às forças que agem nele.
Trata-se de um processo natural de envelhecimento que acomete todos os tecidos do corpo. Sempre faço uma analogia com a pele. Da mesma forma que a pele de um paciente com 15 anos é diferente da pele de uma paciente com 40 anos que por sua vez, é diferente de um paciente de 80, da mesma forma acontece com as estruturas da coluna, inclusive, os discos.
O processo da degeneração dos discos é dividido em 5 estágios de acordo com Pfirrmann:
Classificação da degeneração discal – Pfirrmann
Existem dois grandes fatores que podem afetar no processo de desgaste discal. O primeiro fator não temos controle algum sobre ele, que é o fator genético. Os outros fatores que interferem são os fatores ambientais. Esses sim, temos controle sobre eles e podemos mudar.
Quando presente o sintoma mais frequente é a dor nas costas. A dor é descrita como pior na flexão do tronco (quando inclinamos o tronco para frente), nas mudanças de posições e quando se permanece muito tempo sentado (a posição sentada é uma posição natural de sobrecarga na coluna lombar)
Quando o anel fibroso se rompe e há extrusão do núcleo pulposo (hérnia de disco), pode haver compressão de alguma raíz da coluna (nervos da coluna) e gerar a dor ciática com irradiação para a coxa e perna, podendo estar presentes também formigamento, dormência ou até fraqueza.
O exame mais utilizado para avaliar as condições do discos intervertebrais é a ressonância magnética. Com ela podemos avaliar a hidratação desses discos, avaliar se há ou não ruptura do anel fibroso e extrusão do núcleo pulposo e além disso se há compressão de alguma raíz nervosa.
Por meio da ressonância também conseguimos classificar a degeneração do disco de acordo com a classificação de Pfirmann.
Ressonância evidenciando discos intervertebrais com diferentes estágios de degeneração.
A radiografia (Raio-X) e a tomografia computadorizada são bons exames para vermos exclusivamente a parte óssea, não sendo os exames de escolha para avaliar as condições dos discos.
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O tratamento normalmente não requer cirurgia. A base do melhor tratamento nesse caso é diminuirmos a sobrecarga sobre os discos. Para isso, incentivamos mudanças do estilo de vida com controle de peso, prática de atividade física com fortalecimento de CORE e correções posturais. Fisioterapia e RPG (Reeducação Postural Global) são muito úteis no tratamento conservador.
Para dores refratárias, podemos utilizar métodos minimamente invasivos para controle da dor como a infiltração na coluna. A infiltração muitas vezes permite que o paciente inicie ou retome a prática de atividade física, fazendo com que haja uma melhora também no médio e longo prazo.
Os casos de cirurgia são exceções e ficam restritos a alguns casos onde há instabilidade da coluna ou que haja compressão nervosa gerando dor ciática. Nessas situações, optamos por cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral.
A Discopatia degenerativa é uma alteração na hidratação do núcleo pulposo (desidratação do disco), tornando o disco menos elástico e menos resistente às forças que agem nele.
A discopatia degenerativa é um processo natural de envelhecimento natural do nosso corpo e não necessariamente uma doença. Portanto não há nenhuma contra-indicação ao trabalho.
Como o próprio nome já diz, trata-se de um processo degenerativo, portanto só tende a progredir. Todos os tratamento que envolvem a regeneração dos discos ainda são experimentais.
O principal risco é a dor na coluna e em estágios mais avançados as compressões nervosas.
Discopatia degenerativa é um termo amplo que é o processo de degeração do disco intervertebral. A hérnia de disco é uma consequência dessa degeneração que pode cursar com compressão radicular e dor ciática.
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Muito proveitosa este esclarecimento.parabens doutor me ajudou muito
Olá Gisle, muito obrigado.
Muito proveitoso!
Obrigado
Você fala em trabalhar normalmente... depois que nunca vai melhorar... eu tenho caso degenerativo agudo e perdi meu emprego... esposa... tudo. não consigo merda nenhuma do governo e tenho dificuldades que nem vou falar aqui. negado todas as vezes no inss. anos já e eu só pioro e minha vida tá um lixo. parabéns aí pelo conteudo. igual a minha vida
Dr. Zarza, parabéns pelo conteúdo. ????????
Olá Elisabeth,
Fico feliz que tenha gostado.
William Zarza
Dr. Zarza, parabéns pelo conteúdo. ????????
Olá Elisabeth! Como vai? Fico feliz que tenha gostado.
William Zarza
Na minha ressonância cervical deu espondilose e degeneração discal leve. Sinto muitas dores que desce ate a perna como se fosse dor ciática. Qual melhor tratamento doutor William?
Olá Cristiane,
Nesse caso, de dor irradiada para as pernas, a coluna lombar deve ser avaliada, pois as raízes lombares que inervam os membros inferiores. A coluna cervical (raízes cervicais) inervam os membros superiores, e a compressão neurológica daria sintomas nos braços e mãos, e não nas pernas.
Fico à disposição,
William Zarza