Tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de coluna. Confira as 11 dúvidas mais frequentes sobre cirurgias de coluna. Dr William Zarza
Apesar da evolução da medicina, a ideia de fazer uma cirurgia de coluna ainda é algo que assusta muita gente. Seja pelo medo dos possíveis riscos ou pela preocupação com o pós-operatório, algumas pessoas ainda preferem tratar a dor de forma mais conservadora.
No entanto, é preciso sempre pesar os riscos e benefícios de qualquer situação. Quando a dor passa a afetar a qualidade de vida do paciente e não responde a outros tratamentos, é hora do ortopedista cirurgião de coluna recorrer ao tratamento cirúrgico.
Neste momento, é importante que o indivíduo possa esclarecer todas as suas dúvidas e sinta-se mais seguro. O primeiro passo é que ele esteja bem preparado para submeter-se ao procedimento.
Confira as 11 dúvidas mais frequentes sobre cirurgias de coluna:
Existem diversas técnicas de cirurgias de coluna, que podem ser realizadas para tratar uma gama de doenças que acabam por comprometer a coluna vertebral e os sistema nervoso de maneira geral.
Assim como qualquer intervenção cirúrgica, pacientes que submetem-se a cirurgias de coluna estão sujeitos a infecções, sangramentos (sobretudo no caso de artrodeses vertebrais maiores), lesões neurológicas e complicações anestésicas.
Porém, as cirurgias de coluna vertebral por via endoscópica reduzem significativamente grande parte destes riscos.
De qualquer maneira, é fundamental que o cirurgião de coluna avalie as condições clínicas do paciente ante a qualquer procedimento, garantindo assim que ele esteja apto a realizá-lo e que as chances de intercorrências sejam ainda menores.
O tempo de recuperação de uma cirurgia de coluna varia de acordo com o tipo de procedimento realizado, da gravidade da condição tratada e do estado geral do paciente.
Em geral, a alta hospitalar para infiltrações ou procedimentos realizados via endoscópio ou microscópio acontece em até 24 horas após o procedimento. O retorno às atividades é progressivo, estando o paciente liberado para atividade física em torno de 4 a 6 semanas.
Cirurgias mais extensas, como artrodeses multinível, envolvem uma recuperação mais prolongada, chegando a 3 meses para liberação total de movimentos.
Mesmo quando há restrição de movimentos, é indicado manter-se ativo. A fisioterapia, por exemplo, deve ser iniciada antes mesmo da alta cirúrgica, e continuada conforme orientação médica.
Outros cuidados influenciam na recuperação. São eles, o uso de medicações, trocas de curativos, interrupção do tabagismo e orientações físicas durante este período.
Recomenda-se que pacientes submetidos a cirurgias de coluna voltem a fazer pequenas caminhadas supervisionadas pela equipe hospitalar já nos primeiros dias de pós-operatório.
No caso das cirurgias endoscópicas de coluna, o tempo de liberação para deambulação é ainda menor: apenas algumas horas depois do procedimento.
Vale lembrar que nem todos os pacientes respondem a intervenções médicas da mesma maneira, de forma que um período de repouso ou reabilitação antes de retomar a mobilidade podem se fazer necessários diante de algumas situações.
Os pinos, também chamado de parafusos, na coluna são frequentemente usados em cirurgias de fusão vertebral (Artrodese) para estabilizar a coluna vertebral e promover a junção das vértebras. São indicados na cirurgia para instabilidade da coluna (espondilolistese), deformidades ou fraturas.
Preferencialmente feitos de titânio, um material cirúrgico altamente biocompatível, os parafusos ajudam a manter as vértebras corretamente posicionadas enquanto a fusão óssea ocorre.
Coluna cervical após um ano de cirurgia de artrodese. Na imagem, é possível ver a fusão óssea entre as vértebras.
As cirurgias tradicionais de coluna envolvem uma incisão na pele sobre a área afetada, afastar os tecidos moles e acessar a coluna vertebral. O cirurgião então realiza o procedimento necessário.
Este pode incluir remoção de tecido ósseo ou discal, inserção de enxertos ósseos ou dispositivos de estabilização, e fechamento da incisão.
Além disso, a cirurgia de coluna pode ser realizada usando técnicas minimamente invasivas ou abertas, dependendo da complexidade do procedimento e das necessidades do paciente.
A cirurgia de coluna por via endoscópica, por exemplo, envolve a utilização de um endoscópio (Câmera) na coluna vertebral, que permite a visualização da área de forma muito mais ampla, o que permite resultados muito mais assertivos e risco extremamente reduzidos, por meio de uma incisão na pele menor que 1cm.
A melhora da hérnia de disco lombar geralmente está relacionada à liberação do nervo afetado. Isso inclui medidas conservadoras, como fortalecimento, medicamentos para alívio da dor, fisioterapia, injeções de corticoides e a adoção de hábitos mais saudáveis.
Em casos em que o tratamento conservador não é efetivo, a cirurgia pode ser considerada para retirada da hérnia de disco e alívio da compressão neural. No entanto, mesmo após a cirurgia, é importante seguir um plano de reabilitação traçado por um médico especialista em coluna lombar para fortalecer os músculos e reduzir o risco de recidiva.
Os custos de uma cirurgia de coluna no Brasil são compostos pelos gastos hospitalares, valores de materiais cirúrgicos e os honorários médicos. Todos estes valores variam de acordo com o tipo de procedimento realizado, do hospital escolhido e das equipes envolvidas.
Em geral, por se tratarem de condições médicas limitantes e integrantes do rol da ANS, as cirurgias de coluna vertebral possuem cobertura do plano de saúde. Mesmo quando a equipe médica não é credenciada da operadora, os custos hospitalares e de material são cobertos diretamente pelo plano de saúde e os honorários médicos são passíveis de reembolso.
No Brasil, a possibilidade de se aposentar devido a uma cirurgia de artrodese lombar ou qualquer outra condição médica é determinada pelas leis e regulamentos da previdência social.
Em linhas gerais, para ser candidato à aposentadoria por invalidez é necessário ser avaliado por um médico designado pela previdência social, que determinará se a condição é grave o suficiente para impedir que o profissional exerça seu trabalho.
Portanto, a decisão de conceder a aposentadoria dependerá da gravidade dos sintomas, da limitação funcional resultante da cirurgia e de outros fatores relacionados à capacidade de trabalhar.
Diferente do que muitas pessoas podem pensar, o tratamento da artrose na coluna raramente é cirúrgico. O protocolo padrão inclui associar medicamentos, fisioterapia e em alguns casos infiltrações na coluna a mudanças no estilo de vida do paciente, estimulando a manutenção de um peso saudável, fortalecimento do CORE e boa mobilidade.
Os avanços na tecnologia e nas técnicas cirúrgicas têm melhorado significativamente a segurança e os resultados das cirurgias na coluna ao longo dos anos. Sobretudo quando falamos de técnicas menos invasivas, como a endoscopia de coluna, a cirurgia de coluna é considerada segura e quando bem indicada, com ótimos resultados.
Mas como em qualquer procedimento médico, sempre há um pequeno risco de complicações, e é importante estar ciente desses riscos ao considerar a cirurgia.
No mais, o sucesso do procedimento também será influenciado pela experiência do cirurgião, a gravidade da condição do paciente, a técnica cirúrgica utilizada e o ambiente hospitalar onde a cirurgia é realizada.
A medicina da coluna evoluiu muito nos últimos anos. Hoje, a cirurgia endoscópica da coluna…
A fratura do cóccix – também conhecida como coccigodinia traumática – é uma condição pouco…
A sarcopenia é uma condição comum, mas ainda pouco discutida entre homens e mulheres acima…
A coluna vertebral é uma estrutura complexa e essencial para a movimentação e sustentação…
A ressonância magnética da coluna vertebral é um exame fundamental para o diagnóstico de…
A hérnia de disco é uma condição que afeta a coluna vertebral e pode…