Anestesia em Sela: o que é este sintoma e qual a causa
Anestesia em sela é um sintoma que pode ser causado por compressão das raizes (nervos) lombares. O termo é utilizado para referir-se à perda de sensibilidade na região perineal (vulva, pênis, saco escrotal, ânus, nádegas e interior das coxas). O sintoma recebe este nome justamente porque o problema afeta as partes do corpo que entram em contato com a sela de um cavalo.
Dentro da especialidade de coluna, temos diversos sintomas e irradiações que precisam ser investigados e tratados. No entanto, dificilmente inspiram preocupação e exigem cuidado imediato.
Exceto no caso da anestesia em sela. Isso porque o sintoma costuma ser causado pela síndrome da cauda equina – uma condição que pode trazer sequelas irreversíveis quando não tratada a tempo. A síndrome da cauda equina consiste na compressão das raízes lombares localizadas na base da coluna vertebral.
Saiba mais sobre esta condição, quais são os riscos e tratamentos.
Síndrome da cauda equina
A síndrome da cauda equina é caracterizada pela compressão nervosa das raízes localizadas na base da coluna lombar. Ela recebe este nome pois o conjunto desses nervos apresentam o formato semelhante ao de uma cauda de cavalo.
A compressão pode ser causada por diversos fatores. Entre eles:
- Hérnias de disco;
- Traumas;
- Tumores;
- Infecções;
- Hemorragias;
- Complicações cirúrgicas;
- Estenose do canal vertebral;
- Problemas congênitos do canal espinhal;
A síndrome da cauda equina é considerada uma das urgências na área da ortopedia! Isso porque, se não corrigida rapidamente, pode causar lesões neurológicas permanentes e sequelas importantes.
Alguns exemplos são o enfraquecimento dos músculos das pernas, dores neuropáticas crônicas e até a perda de contratilidade da bexiga, que leva à necessidade do uso de sonda.
Geralmente, a sensação de anestesia do paciente costuma vir acompanhada de alguns outros sintomas bastante alarmantes:
- Disfunção urinária e fecal (perda involuntária de urina ou fezes, ou retenção involuntária)
- Dor nas costas que irradia para as pernas;
- Limitação de movimentos nos membros inferiores;
- Disfunções sexuais nos homens;
- Dor ciática;
Como tratar a anestesia em sela?
A forma de reverter o quadro e eliminar a anestesia em sela é realizar a liberação do nervo comprimido. Como os motivos da compressão podem ser variados, desde hérnias de disco até tumores, o plano terapêutico também deve ser individualizado.
Na maioria das vezes, o tratamento requer intervenção cirúrgica. A técnica de descompressão do canal vertebral, no entanto, será definida a partir da origem do problema. Quando as dores são provocadas por uma hérnia de disco, por exemplo, pode-se remover uma parte do disco intervertebral através da discectomia.
Já se forem motivadas por uma vértebra fraturada, retiram-se os fragmentos que geram a compressão nervosa e complementa-se com uma artrodese do segmento afetado. A mesma cirurgia pode ser combinada à ressecção de tumores na região. Vale lembrar que o tempo é decisivo nestes casos. Afinal, quanto maior o período de compressão, maiores as chances de uma lesão permanente no nervo.
Além do rápido plano de ação do ortopedista de coluna, o sucesso do procedimento também dependerá do processo de reabilitação e da devida oferta de estímulos às estruturas nervosas afetadas.
Caso perceba sintomas como os descritos acima, agende uma consulta com um especialista de coluna perto de você ou via telemedicina. Apenas um ortopedista de coluna poderá orientar o paciente da melhor forma no caso de um quadro com anestesia em sela.
FAQ- PERGUNTAS FREQUENTES
O convênio cobre a cirurgia para tratamento da anestesia em sela?
O tratamento cirúrgico para as possíveis causas da anestesia em sela tem cobertura do plano de saúde, pois estão previstas no rol da ANS. Em alguns casos, o convênio cobre a internação hospitalar e material cirúrgico diretamente, pagando os honorários médicos via reembolso.
Quando se preocupar com a dor nas costas?
Dores nas costas são preocupantes quando passam a ser muito intensas e não melhoram nem mesmo com repouso, analgésicos ou relaxantes musculares. Quadros que afetam a rotina do paciente e limitam suas atividades também devem ser investigados.
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