Estenose de Canal Vertebral Lombar: causas e tratamentos

A estenose de canal é uma doença causada pela redução do espaço para os nervos da coluna. Esse estreitamento do espaço para o nervo tem relação, na maioria das vezes, com um processo degenerativo que pode levar a compressão neurológica.

Entre os motivos da redução do espaço, estão hipertrofia óssea e espessamento dos ligamentos da coluna. Como se trata de uma condição degenerativa que se desenvolve ao longo da vida, os sintomas são mais prevalentes na população acima dos 50 anos.

Riscos da estenose de canal

A estenose de canal ocorre devido a alterações degenerativas. Entre elas, estão a artrose das articulações da coluna, espessamento dos ligamentos e protrusão dos discos. A junção desses fatores leva a um estreitamento do canal levando a compressão neurológica.

Por se tratar de uma condição que piora ao passar do tempo, é bastante importante diagnosticar e acompanhar sua evolução desde o início dos sintomas. Isso por que, ao causar compressão, pode trazer prejuízos graves e irreversíveis.

Sendo uma doença degenerativa, torna-se ainda mais comum a necessidade de tratamento cirúrgico em alguns casos. Afinal, trata-se de um estreitamento com tendência a piora – e não estabilização. 

A doença costuma afetar pacientes acima dos 50 anos, o que pode parecer uma contraindicação ao procedimento cirúrgico em alguns casos. Porém, graças à inovações das técnicas disponíveis, a cirurgia pode se manter como o melhor tratamento mesmo em pacientes acima dos 60, 70 ou, até mesmo, 80 anos. Saiba mais sobre o tratamento cirúrgico na terceira idade clicando aqui

Tipos da estenose de canal

O local em que esta compressão se apresenta também influencia nos sintomas e nos tratamentos da condição. Ela pode se apresentar tanto na coluna lombar, quanto na coluna cervical (pescoço). Os sinais relacionados a cada região variam de acordo com as raízes nervosas ou porção da medula acometidos. 

A estenose cervical, por exemplo, divide-se em dois tipos: medular e foraminal. Elas se apresentam com: 

  • Dor na cervical que irradia para os braços;
  • Redução da mobilidade do pescoço;
  • Formigamento e dormência nos braços e mãos;
  • Sintomas relacionados a compressão da medula: alteração da marcha (dificuldade em andar em linha reta), perda de força e sensibilidade nas mãos, perda da coordenação motora fina, alteração esfincteriana (dificuldade para controlar urina e fezes). 

Para saber mais sobre a estenose cervical, clique aqui.

Estenose de canal lombar

A estenose de canal lombar, da mesma forma que a estenose cervical, ocorre também devido a alterações degenerativas. Porém na coluna lombar, a compressão se dá sobre as raízes nervosas e não sobre a medula. Dessa forma, tanto os sintomas como o tratamento mudam um pouco.

Desenho esquemático demonstrando a estenose de canal lombar.

Quais são os sintomas da estenose lombar?

Os sintomas vão variar de acordo com a localização da estenose, sendo estes os mais frequentes:

  • dor na região dos glúteos (nádegas);
  • dor irradiada para os membros inferiores (dor ciática);
  • dores em queimação nas pernas, principalmente ao andar, chamada de claudicação neurogênica;
  • formigamento e dormência nas pernas
  • perda de força nos pés e pernas

Diagnóstico da estenose da canal lombar

O diagnóstico da estenose de canal lombar é baseado em quatro pilares:

  • História clínica minuciosa (bate-papo com o paciente);
  • Exame físico detalhando a região da dor assim como a localização do formigamento;
  • Avaliação da força motora e reflexos;
  • Exames de imagem.

Em relação ao último tópico, a ressonância magnética é o exame mais indicado. Ela nos mostra exatamente a causa da compressão (espessamento dos ligamentos, hipertrofia óssea ou abaulamentos discais) e local (qual nervo está sendo comprimido).

Corte axial da ressonância de uma coluna normal.

 

Ressonância (corte axial) mostrando estenose de canal.

Corte sagital da ressonância demonstrando estenose de canal lombar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entre os termos que podem ser encontrados no laudo do exame, estão:

  • Estenose moderada;
  • Estenose avançada;
  • Espessamento do ligamento amarelo;
  • Agrupamento das raízes da cauda equina;
  • Espondilolistese.

Caso tenha feito um exame recentemente e note estes termos no laudo, é importante agendar uma consulta com o cirurgião de coluna para avaliação. 

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Qual o tratamento da estenose de canal lombar?

O tratamento da estenose lombar é, inicialmente, conservador. Ou seja, são indicadas medicações, fisioterapia, acupuntura e mudanças de estilo de vida. No entanto, quando tais medidas não surtem o efeito desejado, a cirurgia de descompressão do nervo é indicada.

A cirurgia para estenose é um procedimento resolutivo e seguro. Ela tende a aliviar completamente as dores na perna, além de favorecer uma reabilitação rápida. O paciente tem alta hospitalar no dia seguinte à cirurgia e retoma as atividades cotidianas progressivamente. 

Outro ponto relevante é a evolução da técnica cirúrgica para estenose espinhal lombar. Realizada por via endoscópica, ela é considerada menos agressiva aos tecidos e mais segura a qualquer paciente. Considerando que a estenose espinhal acomete, principalmente, pacientes acima dos 60 anos, este fator contribui muito para que seja um tratamento viável e seguro em qualquer fase da vida. 

 

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FAQ – Perguntas frequentes

O que é estenose do canal vertebral?

Estenose é um problema na coluna que causa redução do espaço para os nervos da coluna levando a compressão neurológica.

Qual o tratamento para estenose de canal?

O tratamento inicial para estenose de canal é feito com medicações, fisioterapia a acupuntura. Porém, quando não surte o efeito desejado, a cirurgia é indicada. 

Quando a estenose lombar é grave?

A estenose lombar é potencialmente grave, pois pode evoluir para quadros de compressão neurológica e alterações importantes. Entre elas, é possível destacar dor incapacitante, alteração da sensibilidade, força, equilíbrio. 

Quem tem estenose lombar pode caminhar?

Sim, a estenose lombar não é uma contraindicação a prática de caminhada.

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