Dor nas Costas: quando pode ser preocupante?
Dor nas costas é uma queixa comum no consultório, sobretudo entre pacientes com mais de 50 anos. O especialista em coluna costuma dividir essa queixa, basicamente, de acordo com sua localização.
- Entre as nádegas e a base das costas – lombalgia;
- Região do tronco/dorso – dorsalgia;
- Pescoço, base da cabeça e ombros – cervicalgia.
A causa mais frequente das dores nas costas é de origem muscular, seja pela sobrecarga ou má postura. No entanto, a avaliação de um médico de coluna é essencial para excluir causas potencialmente mais graves e definir o melhor plano terapêutico.
O primeiro ponto a ser avaliado é a duração do quadro. Os períodos podem ser classificados de acordo com os intervalos a seguir:
- Abaixo de 6 semanas: dores agudas geralmente causadas por má postura, entorses, traumas, quedas ou atividades físicas intensas. Tendem a passar após repouso, compressas frias e tratamentos com analgésicos e anti-inflamatórios;
- De 6 a 12 semanas: dor subaguda indicativa de lesões mal cicatrizadas. O desconforto varia de moderado a intenso. Oscilações de melhora e piora são frequentes. Pode exigir fisioterapia;
- Acima de 12 semanas: dor crônica que varia em intensidade, mas afeta a qualidade de vida do indivíduo na maior parte do tempo. Não apresenta melhora com tratamento medicamentoso ou fisioterapia. Pode ser um alerta para diagnósticos como artrite, hérnia de disco, fraturas por insuficiência (principalmente em idosos), estenose espinhal ou problemas neurológicos;
Outro fator a ser considerado é a intensidade do sintoma e impacto na rotina. Há casos em que a dor é limitante e impede o paciente de seguir com suas atividades.
Sendo assim, a dor nas costas deve causar preocupações quando causa restrições, é progressiva e não responde a tratamentos analgésicos, como o uso de medicamentos ou compressas de gelo. Outro ponto de atenção são os quadros em que há irradiação do sintoma. Ou seja, quando a dor irradia para os membros, braços/mãos ou pernas/pés, associado ou não a alteração de sensibilidade, seja no formato de formigamento ou de dormência.
Vale ressaltar ainda que algumas condições na coluna, como a compressão nervosa, causam sintomas em outros membros. É o que chamamos de dor irradiada. Nestes casos, o paciente refere dor ou outros sintomas nos membros (braços ou pernas), sem qualquer dor na coluna. Nesses casos, também estamos diante de problemas que necessitam ser acompanhados por um ortopedista especialista em coluna.
A condição pode ainda estar associada a outros sintomas, como:
- Fraqueza muscular;
- Formigamento nas pernas e nos pés;
- Dificuldades para caminhar;
- Perda de controle da bexiga e do intestino;
- Perda de peso abrupta;
No mais, outros potenciais riscos para o problema são pacientes com históricos de traumas na coluna ou acima de 65 anos, principalmente se possuírem osteoporose.
Diferenças entre dor do nervo e dor muscular
Apesar da dor nas costas ser provocada mais frequentemente por problemas musculares, também é possível que ela seja de origem neuropática ou medular. Ou seja, causada por uma condição que afete a medula ou algum nervo. Ambos os tipos de dores limitam os movimentos do paciente, mas possuem algumas particularidades.
Dor muscular
Dores musculares nas costas são causadas pela inflamação ou contratura de um músculo. O paciente pode apresentar dor em pontada/”facada” que piora nas mudanças de posição e melhoram com o repouso. A dor muscular costuma ser localizada, não é acompanhada por irradiação e normalmente é facilmente palpável no exame físico.
Dor do nervo ou medular
A dor nas costas pode ser causada por uma compressão nervosa ou medular. Estas estruturas são responsáveis por enviar sinais de movimentos, dor e sensibilidade para os membros. Quando são apertadas por hérnias, por osteófitos (bicos de papagaio) ou qualquer outro elemento, podem causar quadros dolorosos. Além disso, ainda levam à limitação de movimentos, formigamento ou perda de sensibilidade e força.
Os sintomas podem ser sentidos no mesmo ponto da compressão ou irradiar para outras regiões inervadas. Esta condição costuma ser bastante resistente a analgésicos comuns. A dor neuropática normalmente é uma dor em queimação, difusa, e que pode doer inclusive no repouso.
O primeiro passo para definir o melhor plano terapêutico é definir a causa da dor. Dentre as origens mais comuns, estão:
- Hérnia de disco;
- Estenose espinhal;
- Espondilolistese;
- Espondilose;
- Diabetes;
- Neuropatia periférica;
- Lesões pós-cirúrgicas;
- Entre outras.
Como tratar dor nas costas resistente?
O tratamento varia conforme a causa da dor. Para dor muscular, pode incluir repouso, fisioterapia, alongamentos, anti-inflamatórios e analgésicos.
Para a dor causada por compressão nervosa ou medular, é indicado o uso de medicamentos específicos, fisioterapia, acupuntura. O último recurso para casos que não respondem às demais terapias é a cirurgia.
O primeiro passo ao lidar com dores nas costas que afetam a sua rotina é procurar um médico ortopedista de coluna. Somente um especialista pode te ajudar a identificar a causa do problema e definir o melhor tratamento.
Em muitos casos, é possível trazer conforto e restabelecer a qualidade de vida do paciente com procedimentos minimamente invasivos. Se você sofre com essa condição, entre em contato e agende sua consulta.
FAQ- PERGUNTAS FREQUENTES
Como saber se o músculo das costas está inflamado?
A inflamação muscular nas costas apresenta-se como uma dor aguda ou latejante que limita consideravelmente a mobilidade do indivíduo. Ela pode resultar ainda em espasmos de forte intensidade principalmente nas mudanças de posição, mas costuma melhorar após alguns dias.
O que é bom para aliviar a dor nas costas?
Se a causa da dor nas costas for muscular, o tratamento consiste em liberação miofascial, medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares prescritos por médicos de coluna. Casos mais graves podem exigir, porém, um protocolo de reabilitação que inclui fisioterapia.
O que causa dores fortes nas costas?
Dores fortes nas costas podem ser causadas por atividades físicas intensas ou realizadas de maneira incorreta, tensões musculares, contusões e doenças da coluna vertebral, como hérnia de disco, artrose ou estenose.
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